Casas e luzes se voltam a mim como uma fita de rádio normal sem comunicação. Crianças brincando em cirandas como se fossem carrosséis. Nos pássaros posso ver seus olhos em posição novamente, chorando pela primavera que deu lugar ao longo inverno rodando e rodando em seus ventos a flor da pele.
Sorrisos e fantasias em suas lâmpadas com gênios voadores, decisões sobre dados de pingos em preto. Falando sobre fogos em suas mãos de rodar pedras e corações, fazendo a Lua se perder de prazer na noite de estrelas cadentes. Sua solidão quase toca o céu com suas porcelanas voadoras, tapetes roxos, transatlânticos submersos em minha mente com rosas e trovões pedindo não dizer adeus, nesta última hora de loucura e situações e jogos que conseguem me explicar os mistérios dos ponteiros silenciosos.
Pessoas estranhas, vigias sombrios, sofrimentos caminhando em muralhas de espinhos, relógios em câmera lenta, gritos de prazer, linhas de metrô sentido ao zoológico, bandolins e corais contemplando esplendor em migalhas de fantasias. Loucuras santidásticas em séries de tevê, chips em informações de desastre, cores mudando em seu espírito, os dias mudam como as cores em seu teto. Peles de heróis em montanhas carameladas, filas de pão com amores programados em meses de olhares e encontros casuais.
Seu sufoco em sacolas plastificáveis, cheias de clichê e dúvidas, em qualquer lugar que você queira, até aonde os ventos te levarem com sossego, a fim de te acompanhar em cima deste disco voador com bebidas vermelhas e mundos loucos de luxúria. Cavalos com madames em vestidos azuis, com pérolas e dólares, em suas cabeças de fantoche, esta destruição em notas tocadas com dedos de anjos e fantasmas em pianos encarnados por melodias medievais de sons e centavos. Mate-me com seu amor, em uma lista de tempos e sortudos, hoje será um dia glorioso em seu lago, qual o seu nome? Hoje será um dia glorioso em seu lago de sorte.
Alan Vianni
Nenhum comentário:
Postar um comentário