No começo da madrugada me sinto perseguido por um lobo faminto. Coloco o capuz e ajeito as calças. O frio das noites é uma benção para meu espírito criador. Penso mais no frio. Penso em arte. Sigo cuspindo as ideais vagas, pego meu caderninho e ponho na mochila. Uma caneta preta, não falta.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUj5xoUFhIVGOKOqnbJOfSLrLlEx-Sfqj6itAUz5trCZdHRphYP72CEQ5PWQgUuNs8HUDsaiRjk-XUFpNGi6Ae-7a4qw7aL1zvHvEMmzRwLqtPkkCWzcIOt3mf-_KEiI5k7qBDwcCII2w/s320/Robert_Johnson.jpg)
Eu ficava ouvindo suas treze canções várias vezes ao dia. No espaço reservado para a pintura, me sentava na frente de uma tela em branco e por ali ficava espiando ou vislumbrando como ela poderia ficar cheia de tinta. Tinta látex. Eu e meu banco de madeira. Cheio de tinta no tênis.
Gustavo Ribeiro
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