terça-feira, 17 de maio de 2011

DESASTRE DE ESTRELAS


Nesta mesma rua escura, com centenas de postes desabitados de luz e aqueles pequenos jacarés não paravam de me rodear. Naquele trágico dia em que tudo se voltou para minha mente, não consegui ver seus olhos de serpentina brilhante.

Sinto-me um velho milionário, em visita ao inferno dos desejos. Sinto-me um velho milionário perdido nas maravilhas de Alice. Vamos caminhando para o abismo encantado de alucinações e ver as belezas selvagens que lá se encontram.

Com meus dólares e centavos, pago aquela pessoa blasé do empoeirado e monótono bar esquizofrênico da esquina sete. Vamos lá, vamos lá, ver se aquele vaso está com as nossas cinzas do século. Sequestrarei a lua e pintarei estrelas em forma de cadencia para seu lindo céu de furacões e baunilha.


Alan Vianni

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